Revista Pet Bunny e Cia

domingo, 4 de outubro de 2009

Vidas descartáveis: nossos “animais de estimação”


De onde vêm nossos animais de estimação? Muitos, comprados em lojas, são provenientes de “fábricas de filhotes”, empresas de pequeno porte que criam animais (geralmente cães) para serem vendidos em pet shops. São atividades de “fundo de quintal” que expõem os animais a situações de superpopulação, falta de higiene e ausência de cuidados veterinários e socialização. É comum que cães de “fábricas de filhotes” desenvolvam problemas físicos e psicológicos quando crescem. Muitos deles, ou seus filhotes, são abandonados. Se tiverem sorte, serão recolhidos e levados para um abrigo ou canil e talvez encontrem um lar. Estima-se que 25 milhões de animais vão parar nas ruas a cada ano, sendo que até 27 % destes são cães de raça. Desses 25 milhões de animais, 9 milhões, em média, morrem nas ruas de doenças, fome, ferimentos, ou outros perigos presentes na vida de rua. Muitos são cães perdidos, ou simplesmente abandonados por seus donos. Os restantes 16 milhões são mortos por falta de espaço em abrigos ou canis. Quase 50% dos animais que ingressam nos canis são trazidos por seus próprios donos. Muitas pessoas alegam que não visitam canis porque é deprimente. Mas se há tantos animais em lugares horríveis assim é porque as pessoas não castram seus animais. Muitas pessoas – principalmente os homens – acham que castrar seu animal afetará também sua virilidade ou sexualidade. Outros simplesmente desejam que seus filhos vivenciem o “milagre da vida” (presenciar o nascimento de novos animais). São proprietários assim que perpetuam o processo de “eutanásia” de mais de 60.000 animais todos os dias. Algumas das difíceis questões que devemos nos perguntar sobre nossos animais de estimação são: “podemos ter animais de estimação e atender às suas necessidades?”; “nós os mantemos pelos seus interesses ou os estamos explorando?” A maioria dos humanos é especista. Consentem e permitem que seus impostos financiem práticas que implicam o sacrifício dos mais importantes interesses de membros de outras espécies para promover os interesses mais triviais de nossa própria espécie. A esperança está numa cultura que nos ensine a sentir além de nós mesmos. Devemos aprender a empatia, a olhar nos olhos dos animais e sentir que a sua vida tem valor (resumido e adaptado do documentário “Terráqueos”; parte I*).13 de julho de 2009
Fonte: http://www.anda.jor.br/?p=10087((•)) Ouça este post

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